Mídia / Jornal Fera

Mercado competitivo exige profissionais mais qualificados

19/11/2014

Em um mercado de trabalho competitivo, a ordem é se qualificar para conseguir um emprego. Conscientes dessa necessidade, milhares de pessoas buscam se aperfeiçoar naquilo que trabalham ou procuram se qualificar em alguma área que tenham afinidade, que vai desde o corte e costura, passando pelas habilidades necessárias para trabalhar em um salão de beleza, até profissionais que lidam com a área de informática. O importante em qualquer uma delas é ter qualificação para conseguir um emprego e desempenhar bem sua função.

“O mercado está pedindo pessoas qualificadas”, frisou a gerente do centro de educação profissional do Senac, Juliana Correia. “Por conta disso, milhares de pessoas buscam não apenas os cursos profissionalizantes, mas também os de aperfeiçoamento”, justificou Juliana.

O maior curso profissionalizante do Piauí, o Senac, coloca por ano mais de 15 mil pessoas qualificadas no mercado de trabalho. Eles estão divididos nos mais diversos cursos, que são oferecidos ao longo do ano pela instituição. O público, de acordo com a gerente do centro de educação profissional, é bastante diversificado. “Vão desde pessoas que buscam aprender algo até aqueles que buscam o aperfeiçoamento”, explicou.

Enquanto aqueles que estão desempregados ou buscam um primeiro emprego necessitam de profissionalização, os que já estão inseridos no meio correm em busca do aperfeiçoamento. Isso, aliás, não é exclusividade apenas dos trabalhadores. Empresários também recorrem aos cursos de aperfeiçoamento para gerirem melhor seus empreendimentos.

“Nesta segunda-feira, começamos o curso de gestão empresarial, voltado para aqueles que têm empreendimentos há mais de dois anos no mercado. É um curso voltado para que os empresários criem estratégias de crescimento e possam competir tanto no mercado interno quanto externo”, relatou a coordenadora de treinamento do Sebrae no estado, Lívia Melo.

Trabalhadores querem se aperfeiçoar para ter melhores salários
Depois de passar alguns anos desempregada e sem conseguir qualquer tipo de emprego, Helena Cunha decidiu que precisava se qualificar em alguma área para conseguir uma vaga no mercado de trabalho. “Não tinha experiência em nenhuma área e também não tinha feito nenhum curso. Por causa disso, sempre ouvia um não quando ia pedir emprego”, relatou Helena Cunha, que atualmente está prestes a terminar o curso de manicure em um centro profissionalizante.

Terminado o curso, as expectativas de Helena são as melhores possíveis. “Quando terminar, vou atrás de emprego e acho que vou conseguir. Quero arrumar trabalho e conseguir renda”, afirmou a futura manicure. Se sua meta se torna realidade ainda este ano, Helena fará parte do grupo de um pouco mais de 10 mil piauienses que ingressará no mercado de trabalho com qualificação.

A estimativa de empregos para 2010 foi feita pelo Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (IPEA) e divulgada na última quarta-feira. De acordo com a projeção feita, 653 mil profissionais qualificados e com experiência estarão disputando com um contingente sem qualquer tipo de qualificação um dos 18,6 milhões de empregos gerados no Brasil.

No Piauí, estima-se a geração de 15 mil novos postos de trabalho, que serão disputados por um pouco mais de 30 mil pessoas.

Segundo o IPEA, as áreas que mais terão mão de obra com qualificação ou experiência profissional são a agrícola, o comércio e outros serviços coletivos, sociais e pessoais. A primeira deve empregar algo em torno de quatro mil pessoas, enquanto a segunda terá um contingente de aproximadamente dois mil profissionais qualificados. A terceira, que é o grupo que Helena almeja participar em 2010, deve colocar 1.295 pessoas aptas no mercado de trabalho.

Fonte: Tribuna do Piauí