Mídia / Jornal Fera

Faculdades de curta duração têm papel de destaque nos EUA

06/02/2014

Metade da educação superior dos Estados Unidos é provida por faculdades que oferecem cursos de curta duração. Os community colleges, com cursos de dois anos, recebem de 55% a 60% dos calouros.

E essas escolas, que antes eram consideradas opções apenas para alunos pobres ou provenientes das “minorias étnicas” (negros, latinos etc.), atraem cada vez mais os filhos da chamada “classe média branca”, em um país em que todo o ensino superior é pago e caro – e em que a dívida estudantil se tornou a segunda maior dívida das pessoas físicas: perde para a dívida imobiliária, mas é maior do que a dívida com cartões de crédito.

O assunto foi tema da pesquisa “Estados Unidos: educação superior como política de desenvolvimento – papel dos community colleges, de Reginaldo Carmello Corrêa de Moraes, professor titular aposentado do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH-Unicamp).

Realizado com apoio da FAPESP, o estudo deverá ser publicado em livro este ano, pela Editora da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Deverá sair na coleção de estudos internacionais mantida pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu).

“Enfoquei o papel dos community colleges na educação superior americana e o papel da educação superior americana no desenvolvimento dos Estados Unidos. Como pano de fundo para a investigação dos community colleges, procurei fazer uma reconstrução da educação superior americana desde o início do século XIX: como as velhas faculdades da época colonial se encontravam quando os Estados Unidos conquistaram sua independência; quais eram os desafios enfrentados pelo sistema educacional; e como ele se estruturou, etapa por etapa, a partir de então”, disse Moraes à Agência FAPESP.

Fonte: EXAME